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Arte, Crônicas e Poesia

O balão

Publicado em 05/05/2025 às 15:37

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Estou profundamente perdido, sempre me orgulhei por ser estável e racional nas minhas decisões. Simplesmente não entendo, isso vai parar, sinto-me como um balão solto no céu, contemplando a imensidão do céu azul, acima das árvores, aterrorizado por não ter qualquer controle.

A ordem e rotina eram sempre muletas para ar os dias, por mais eventos ruins ocorrerem, a rotina era alento que a normalidade voltaria. Mas, o que fazer quando não sinto o chão sob meus pés?

A arrogância sempre é a pior conselheira, induz a supor que a inteligência é suficiente para transpor a angústia da indecisão e caos. Um dia cremos ser especiais e no outro dispensado igual jornal velho. Sempre temos uma consideração excessiva sobre nós mesmos, ao ponto de nos considerarmos indispensáveis.

A arrogância constrói grandes armadilhas, fáceis de cair. Eu caí em vários momentos, optei por ignorar a realidade, ao olhar apenas para dentro de mim, não percebi o mundo. O meu querer não é o que de fato é, aliás, estive muito longe de percepções acertadas.

Uma percepção ignorada; as pessoas dão o que têm. Não devemos esperar lealdade e compaixão de pessoas que a vida toda foram desleais e insensíveis a quaisquer sentimentos alheios. E, além disso, elas mentem muito sobre os seus sentimentos, as ações são as únicas provas de amor verdadeiro. As palavras sem ação condizente são flechas mortais, por mais que questione os porquês disso, nunca terá respostas que alentará o coração.

Em profundidade nunca sabemos o porquê do adeus e mesmo se soubesse, não eliminaria a dor de ver quem amamos partir.

Existe sempre esse desejo de controlar tudo, não ter qualquer tipo de surpresa, saber principalmente em quem confiar. De fato, as pessoas mais próximas são aquelas que podem ferir de modo mais doloroso, justamente porque são as que mais confiamos e esperamos algo quando necessitamos. E no mais das vezes são nossos professores ao ensinar de forma prática a ingratidão, ódio e indiferença.

A montanha mais difícil de galgar é das críticas proferidas por aqueles que amamos. Inúmeros sonhos são jogados no lixo quando contados e imediatamente ridicularizados. Recordo de uma fábula que a tartaruga ganhou uma corrida e ao ser questionada na linha de chegada como tinha atingido imenso feito, simplesmente respondeu: não ouvi nada durante a corrida.

Essa é sem dúvida a maior lição que estamos aprendendo dia após dia, ouvir menos os outros e prestar mais atenção a voz do nosso coração e da consciência, pois apenas assim seremos finalmente livres.

Este espaço é dedicado a todos os escritores, fotógrafos, pintores, escultores e artistas da região das montanhas capixabas.
Caso tenha vc tenha interesse em publicar seu trabalho aqui, favor enviar seu material, com o assunto “Coluna Arte nas Montanhas”, para: [email protected]

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